quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

FATALIDADE

Crê-se na morte o Nada, e, todavia,
A Morte é a própria vida ativa e intensa,
Fim de toda a amargura da descrença,
Onde a grande certeza principia.

O meu erro, no mundo da agonia,
Foi crer demais na angústia e na doença
Da alma que luta e sofre, chora e pensa,
Nos labirintos da filosofia ...

E no meio de toda as canseiras
Cheguei, enfim, às dores derradeiras
Que as tormentas de lágrimas desatam!...

Nunca, na terra, a crença se realiza,
Porque em tudo, no mundo, o homem divisa
A figura da dúvida que matam.

(Parnaso de Além-Túmulo,
Médium Chico Chavier,
Espírito Antero de Quental,
Ed. FEB - 2010)

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